quarta-feira, 25 de outubro de 2017

Os Símbolos da Comunidade Assexual


Conheçam os símbolos da comunidade assexual
Clique sobre a imagem correspondente para ler sobre cada um deles. 

A Bandeira

O Bolo

O Anel Preto

Os Naipes de Ás

O Triângulo da AVEN

A Equação 53x + m³ = Ø



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

A Assexualidade e a Comunidade LGBT+




Muito se fala na comunidade ace sobre nós assexuais pertencermos ou não a comunidade LGBT+. Uns dizem que sim, outros dizem que não. Mas o fato é: nós assexuais, fazemos sim parte dessa comunidade.

"Assexualidade faz parte da comunidade LGBT?"
   - Faz! Atualmente se usa mais a sigla LGBT+ ou LGBTQIAP+ (lésbicas, gays, bis, trans, travestis, queer, intersexo, assexuais, pans [...]). [3]
     Se a gente parar pra pensar, é uma comunidade que sempre está em transformação. Antigamente qualquer pessoa fora do padrão de gênero, sexo ou sexualidade (incluindo pessoas sem interesse em sexo, que podem ser consideradas aces), eram consideradas à margem da sociedade, só em meados da metade do século XX, que surgiu o movimento Queer[4], termo anglo-saxônico utilizado para representar todes que não se encaixam na norma cis-hétero-diádica[2]. Quem nasceu na década de 80 ou 90 sabe que a comunidade também já foi chamada de GLS, mas essa sigla era mais usada para fins comerciais que o real motivo da comunidade LGBT+, o que até já virou um termo ultrapassado. A comunidade LGBT+ é representada por todas aquelas pessoas que não se encaixam na cis-heteronormatividade.

"Ah, mas eu sou hétero, não tenho nada a ver com isso."
   - É hétero, mas não é (alo)sexual, o que já faz com que você NÃO se encaixe no que é tido como padrão cis-heteronormativo, logo, você se tornar parte de uma minoria, consequentemente, pertencendo a comunidade LGBT+. Não esqueça, mesmo você sendo heterorromântico, você acaba sofrendo ou sendo atingido de alguma forma pela sexo-normatividade que nossa sociedade prega.

"Olha, eu não quero fazer parte dessa comunidade."
   - A assexualidade faz parte da comunidade. Se você não se sente representado, é um direito totalmente particular seu.

"Afinal, o que essa comunidade é?"
   - A comunidade LGBT+, que é diferente do indivíduo que é LGBT+ (que muitas vezes, não representa a comunidade e as pessoas que estão dentro dela), é um movimento político social, que busca diversidade, visibilidade, orgulho e direitos civis, como a união e casamento igualitário, tratamento hormonal de pessoas trans, reconhecimento voluntário do gênero não-binário, entre outros. A adição da letra I no LGBTI+, por exemplo, faz com que políticos defensores dos direitos humanos, ao verem essa sigla, pensem em conscientizar a busca por mais estudos sobre o assunto, fazer com que pessoas nascidas intersexo façam acompanhamento genético, evitando a mutilação genital em bebês, seguindo recomendações da ONU, inclusive em alguns países, intersexuais têm opção de serem registrades de gênero neutro, para uma melhor transição.



Alguns pontos importantes:


1. Em grupos e comunidades internacionais costumam resumir a sigla LGBT+ a MOGAI (orientações marginalizadas, alinhamento de gêneros e Intersexuais). Outres chamam "Minorias sexuais", GSM/GSD (gêneros e sexualidades minoritárias/diversos). Porém muites se sentem desconfortáveis e acham problemático o uso dessas siglas;

2. Uma pessoa LGBT+, essencialmente, é uma pessoa fora do padrão cis-hétero-diádico.
Cis de cis-sexuais/cisgêneras: pessoas que se identificam unicamente com o mesmo gênero atribuído/assignado ao nascer, não-trans;
Hétero (héterossexual/heterorromântique): pessoas que são atraídas sexualmente e romanticamente por pessoas do gênero oposto.
Diádicas (ou perisex): pessoas não-intersexo, cujo sexo genético é XX com um útero, uma vulva, uma vagina [...] ou XY com testículos [...], intersexo fundamentalmente seria fora da binaridade biológica de sexo macho/fêmea, envolvendo a corporalidade, o fenótipo, etc.

3. Existem outras adições que muitos fazem na sigla LGBTQIAP+; a letra G, por exemplo, também representando genderqueer, além de gays, B de birromântiques e bigêneres, além de bissexuais, a letra T para Travestis, além de pessoas trans (transgêneras e transexuais), Q de questionando (indefinides), além de queers, a letra A de arromântiques, andrógines e agêneres, além de assexuais, P de polissexuais, além de pansexuais. Fazendo assim LGGBBBTTTQQIAAAAPP+.

4. Queer (“estranhe”, “anormal”, traduzido do inglês), palavra anglo-saxônica, era pra ser ofensiva, assim como viado, bixa e sapatão, porém muites encontraram empoderamento ao afirmarem realmente serem assim, pois constantemente eram vistas desta forma. Assim como a palavra GLS (gays, lésbicas e simpatizantes, gay-friendly em inglês) foi usada em países lusófonos (de língua portuguesa).
História: apenas no final da década de 80, acadêmicos e ativistas passaram a se reapropriar do termo para se organizar em comunidade e dar um novo significado além de gay/lésbica, no entanto, o termo não é universalmente aceito na comunidade LGBT, e ainda pode ser visto por alguns como degradante, que em alguns lugares podem censurar o uso da palavra. Queer também é um termo usado por ativistas e acadêmicos: políticas queer; estudioses da literatura queer. E a palavra vem ocorrendo mais recentemente para incluir qualquer pessoa cuja sexualidade ou identidade de gênero cai fora do mainstream heterossexual ou binário de gênero. Uma pessoa que se identifica como queer pode ser gay, lésbica, bissexual, transgênere, gênero-fluide, etc., mas o uso de queer evita qualquer rótulo específico.

5. A no LGBTA, em inglês, foi erroneamente colocado para allies (aliades em português), o que invisibilizou nossa existência por um bom tempo.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

Livraria Ace

Espeça dedicado para a divulgação de livros em que abordam a assexualidade. Clique sobre a imagem para adquirir o livro.







Ano: 2017

Sinopse:
O livro-reportagem A de Assexual: Entendendo a Assexualidade Humana foi escrito como um Trabalho de Conclusão de Curso de jornalismo. A proposta do livro é explicar, de forma simples, o que é a assexualidade, trazendo relatos e experiências de pessoas assexuais ao redor do mundo.








Ano: 2017

Sinopse:     
Pesquisa que investiga os processos de subjetivação e a emergência da assexualidade no contemporâneo, observando algumas singularidades dessa população. Descreve a assexualidade como possibilidade de orientação sexual, entendida como um não desejo sexual e como ato político. Aponta para a despatologização da assexualidade e a necessidade de dar visibilidade a ela, sustentando as relações de força presentes nessa orientação sexual.



Ano: 2017
Sinopse:
No livro é revelado a perspectiva assexual da autora e suas historias pessoais, bem como perspectiva de 46 assexuais ao redor do mundo. Dissipando mitos e rompendo esteriótipos. Pessoas compartilhando jornadas para ajudar outra pessoas em suas jornadas e com uma surpreendente mensagem de superação!


Ano: 2014
Sinopse: 
Em A Orientação Invisível, Julie Sondra Decker descreve o que é assexualidade, contesta os equívocos, fornece recursos e coloca as experiências das pessoas assexuais no contexto como eles se movem através de um mundo muito sexualizado. O livro inclui informações para ajudar pessoas assexuais a compreender a sua orientação e o que isso significa para os seus relacionamentos, bem como dicas e fatos para aqueles que querem entender os seus amigos e entes queridos assexuais. 


Ano: 2012

Sinopse:
Primeiro livro dedicado apenas a esse tema no mundo e o primeiro a analisar os aspectos históricos, biológicos e sociais da assexualidade. Bogaert introduziu com êxito a assexualidade como uma orientação sexual que exige mais pesquisa. Ele também demonstra a importância da assexualidade não só em seu próprio direito como um assunto pouco estudado, mas também na forma como ele contrasta com outras orientações sexuais.



segunda-feira, 9 de outubro de 2017

Entenda Sobre Atração Sexual, Desejo Sexual e Libido



Exitem pessoas que não sabem a diferença entre atração sexual e desejo sexual. Na comunidade assexual é interessante que se saiba diferenciar isso, pois embora a grande maioria dos aces não sintam atração sexual, alguns sentem o desejo sexual, então, mesmo não sentindo atração, a atividade em si, pode lhes proporcionar prazer, esses são conhecidos como os assexuais sex-favorable(sexo-favorável) e não são menos assexuais do que os aces que não praticam relação sexual, pois a assexualidade se refere a atração sexual do individuo e não ao comportamento, claro que sua atração pode refletir em seu comportamento, mas isso não é regra pra definir quem é assexual ou não. Se assim fosse, deveríamos nós considerar todas as pessoas virgens(já que nunca praticaram sexo) assexuais? Não. 

Segue abaixo um dialogo que criei para que possa deixar mais claro a diferença entre atração sexual, desejo sexual e libido.

"Qual a diferença entre atração sexual e desejo sexual?"
- Explicando de uma maneira resumida:

  • Desejo sexual: é a vontade do sexo, do prazer sexual
  • Atração sexual: é quando esse desejo é voltado para outra pessoa, ou seja, quando há um objeto de atração. 
Tem assexuais que sentem desejo sexual, afinal não há nada de errado com os hormônios de um assexual e todos nós temos libido. Geralmente esse desejo é saciado através da masturbação (esse são os assexuais autossexuais) ou nem é saciado, quando esse desejo não é sentido de maneira intensa.

"Mas eu ja fiz sexo e realmente não gostei, nenhuma das vezes, nada relacionado a sexo me dar prazer, então quer dizer que eu não tenho libido?" .
- Não! Na comunidade ace, existem pessoas que se identificam como não-libidoistas, ou seja, não tem essa libido focada na área sexual.

"Então o que é essa libido?"
  • Libido: Alguns explicam a libido como sendo uma energia psíquica que todos nós temos. E nem sempre ela está voltada para a área sexual, a libido pode está voltada para as realizações de outras atividades que não sejam as sexuais. Outras pessoas, explicam a libido como sendo um processo químico dos nossos hormônios. A ocitocina é o hormônio do prazer e frequentemente está ligada ao sexo, mas correr e chocolate, por exemplo, também liberam ocitocina no nosso corpo. Então, por isso explica-se que a libido é um processo químico dos nossos hormônios. De qualquer forma, lembre-se: não sentir atração sexual não ter a ver com baixa libido, apenas pode ser que ela não esteja voltada para a área sexual.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

Semana da Visibilidade Assexual 2018



     Do dia 21 a 27 de outubro é a Semana Da Visibilidade Assexual. A Asexual Awareness Week(www.asexualawarenessweek.com) começou a ser planejada pela primeira vez em março de 2011 nos Estados Unidos, com a primeira AAW acontecendo em outubro daquele ano, foi criada no intuito de aumentar a visibilidade da assexualidade. Normalmente, é escolhida a última semana do mês de outubro para que a AAW aconteça e para isso existe uma explicação; no hemisfério norte o semestre começa no final de agosto/começo de setembro, por isso, é escolhido esse período, para que os grupos universitários tenham tempo de se organizar depois do inicio do semestre de outono.
     Conforme explicação dada pelos organizadores da AAW, se fossemos escolher datas fixas para a AAW acontecer, nós teríamos uma situação em que nossa "semana" começaria em um dia diferente todo ano. Por exemplo, se nós usássemos a última semana de outubro de 2011 como base, teríamos a AAW entre os dias 23 e 29 de Outubro. Em 2012, o dia 23 foi uma terça-feira. Em 2013, o dia 23 caiu em uma quarta-feira. Depois quinta, sexta, e só então domingo de novo.
Isso entra em conflito com o senso comum de quando uma semana começa e acaba. Então foi decidido escolher a última semana de outubro, de modo que sempre começasse em um domingo e acabasse em um sábado.


Missão:
   
A Semana Da Visibilidade Assexual é uma campanha internacional que busca educar sobre experiências assexuais e arromânticas, e criar materiais acessíveis a nossa comunidade e nossos aliados ao redor do mundo.


Nessa semana é recomendado que os assexuais:

● Tenham uma conversa sobre a assexualidade
● Contem para alguém que é assexual
● Realizem uma apresentação educacional
● Usem as cores que nos representam em camisa, broche, boné, etc
● Ajudem um assexual
● Distribuam material sobre o tema
● Escrevam um post sobre assexualidade
● Pesquisem na AVEN (asexuality.org)
● Falem com a comunidade LGBT local


Para aqueles que puderem, "sair do armário" é recomendado, porque se ninguém falar, o assunto continuará desconhecido pela sociedade e por tanto, o preconceito não será dissolvido.

A educação e a conscientização sobre a assexualidade ajudam as pessoas que não entendem o que está acontecendo com elas para encontrar um nome e uma comunidade e ajuda pessoas assexuais a entenderem questões relacionadas a assexualidade.

  • Fontes:
    http://www.asexualawarenessweek.com
    http://www.assexualidade.com.br